Podemos definir a Arquitetura Organizacional
como um conjunto de normas, padrões, princípios e conhecimento que orientam
todo um processo decisório, possibilitando uma melhor tomada de decisão por
parte de seus diretores executivos. É ela quem viabiliza a escolha dos melhores
caminhos e coordena as ações a serem executadas, além de harmonizar a relação
das pessoas e dos processos administrativos.
Através de sua Arquitetura, é possível
determinar o objetivo da organização e como se relaciona com seus
stakeholders. Uma empresa bem
estruturada, se torna forte e competitiva no mercado, além de ser mais
flexível. E com uma visão mais holista, ela consegue mudar seus planos de forma
rápida e precisa. É importante ressaltar que Organização é: agrupamento das atividades necessárias para
atingir os objetivos da empresa, envolve a reunião de pessoas e recursos
empresariais.
Podemos destacar duas principais formas de
organização:
A formal
é formada por duas ou mais pessoas em prol de um beneficio comum, possui uma
relação entre cargos para alcance de seus objetivos, limitada pelas normas,
diretrizes e leis da organização. Se caracteriza por sua divisão do trabalho,
especialização, hierarquia, autoridade e racionalismo.
A informal é constituída de pessoas da
instituição que se relacionam entre si e possuem objetivos individuais comuns.
É instável, não pode ser extinta e seus objetivos são divergentes do da
organização. Suas principais vantagens são: maior rapidez nos processos,
integração das pessoas, complementa a estrutura formal. Por não reconhecer
chefias, falta de controle e possibilidade de atritos, tem nestes itens suas
desvantagens.
A sua estrutura mais simples e antiga é a
linear, empregada originalmente na igreja e nas forças armadas, tem sua
estrutura sob uma única linha de comando, e não possui especialização.
Vantagens:
·
Simples
compreensão;
·
Delimitação de responsabilidades;
·
Facilidade de
funcionamento;
·
Comando.
Desvantagens:
·
Sobrecarga de
direção;
·
Falta de
cooperação;
·
Organização
rígida;
Figura 1
Outra estrutura bastante utilizada nos dias de
hoje, é a funcional, tem nas suas características a especialização,
descentralização de comando e linhas diretas de comunicação.
Vantagens:
·
Trabalho em
equipe;
·
Menor grau de
formalismo;
·
Especialização
e aprendizado;
·
Divisão entre,
planejamento, controle e execução;
Desvantagens:
·
Comando;
·
Conflito de
interesses;
·
Custo
administrativo elevado;
Figura 2
Unindo
as duas estruturas anteriores, nós temos a estrutura Staff and line, que uni a
linha de comando da estrutura linear e descentralização e especialização da
funcional. Sendo assim, ela possui uma linha de comando com autoridades e outra
linha que serve como apoio. Suas características são: divisão executiva e
consultiva, autoridade executiva linear, especialização consultiva
Vantagens
·
Especialização;
·
Eficiência;
·
Menor exigência dos chefes;
·
Facilidade de adaptação;
Desvantagens:
·
Conflitos entre execução e consultoria;
·
Falta de aprendizado;
·
Falta de compreensão;
Figura 3
Além
das estruturas apresentadas acima, temos a Estrutura Colegiada que é baseada na
administração plural com a participação de representantes das diversas áreas da
organização, e as decisões são tomadas através da maioria de votos.
Vantagens:
·
Facilidade de surgimento de ideias;
·
Opinião da maioria;
·
Eficiência;
·
Comando e especialização;
Desvantagens;
·
Desgaste de tempo dos especialistas;
·
Alto custa da administração;
·
Lentidão na tomada de decisões;
Figura 4
Como foi visto, há diversas
estruturas que podem ser adotadas pelas organizações, a mais comum,
principalmente em empresas em construção é a linear ou militar, por ser mais
simples e definir linhas de comando mais diretas, entretanto todas as demais
são bem eficientes, a escolha de uma ou de outra vai depender dos recursos e da
maturidade da empresa.
Abaixo apresento a estrutura
organizacional da Caixa Econômica Federal – CEF. Uma estrutura mista onde
podemos ver as estruturas funcionais, linear e de Staff. Uma estrutura que
apresenta pontos positivos por ser formada por especialistas em diversas áreas.
Como é uma estrutura mista e bem ampla, vejo dificuldades em alinhar os
interesses do conselho de administração e do comitê de delegados ao demais
setores do conglomerado.
Referências
Bibliografia
ARAUJO, Luis C. G.
Organizações Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional. Volume
2. São Paulo: Atlas, 2007
NADLER, David A.; GERSTIN, Marc S.; SHAW, Robert B. Arquitetura Organizacional:
a chave para mudança empresarial. Rio de Janeiro: Campos, 1994.
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